Em 1989
em um dos debates dos candidatos a presidência do Brasil, o saudoso candidato
Leonel Brizola respondeu ao presidenciável Fernando Henrique Cardoso, quando
interpelado sobre os CIEPS com a seguinte explanação:
“Cara mesmo é a ignorância. Esta é cara
mesmo, olha o que custa para esse País a ignorância não é brincadeira...”
No livro “A riqueza desmistificada”, o
Professor Antônio David Cattani faz a seguinte consideração:
“A despeito de serem responsáveis por
catástrofes sociais e por práticas criminosas, as grandes fortunas não precisam
se ocupar da própria defesa. Gente simples e quase desprovidas de recursos econômicos
reage com fúria e indignação às análises críticas.”
Na calada da noite, entre 09 e 10 de
dezembro, a Câmara dos Deputados Federais em Brasília promoveu mais um triste
episódio da combalida e cerceada democracia brasileira, não obstante a sua
pauta espúria, os atos truculentos contra um deputado democraticamente eleito,
e que não se coloca contra o povo, as cenas de cerceamento aos veículos de
comunicação que cobrem a casa, a desfaçatez contra os princípios democráticos e
os próprios ritos civilizatórios mais
uma vez mancha a história, tal como a tentativa frustrada de golpe
institucional conduzidos por um Ex-Presidente que desrespeitou toda a liturgia
do cargo ao qual foi conduzido e como um pária teve a participação fundamental
no impressionante número de óbitos decorrentes da pandemia da Covid 19 em solo
brasileiro e tantos outros crimes largamente conhecidos.
O Ex-Presidente Jair Bolsonaro e toda
base de parlamentares que o apoiaram nos níveis municipais, estaduais, e na
câmara dos deputados federais não chegaram aos seus espaços representativos por
toque mágica. Eles foram conduzidos pelo voto popular.
É de conhecimento de grande parte da
população que o número de milionários, classe média alta e classe média
intermediária não é o suficiente para direcionar a equação de votos para
candidatos antidemocráticos totalmente entregues aos descalabros do
neoliberalismo.
Pessoas pobres e muito pobres também votaram
e foram essenciais na eleições desses
candidatos para que essa dinâmica de poder se perpetuasse.
No livro “ A cabeça do eleitor” de
Alberto Carlos Almeida uma série de explicações quanto a perfis, estratégias de
campanha e outros detalhes sobre o pleito eleitoral nos elucidam sobre esse
universo chamado “Eleição”.
O que me vem a tona com as duas
citações iniciais desse texto, é que se as camadas populares recebessem uma
educação de qualidade e com criticidade, será que veríamos parlamentares do nível dos
atuais da extrema direita ocupando a maioria dos espaços no poder
legislativo e literalmente afundando o país e tornando nossos dias cada vez
piores e mais vexatórios.
Boa parte de pessoas alijadas do sistema
repetem o que o Gigante “Paulo Freire” dizia: “Quando a educação não é
libertadora, o sonho do oprimido é virar o opressor”.
Brizola foi brilhante.
Olha o que custou a ignorância para
esse país.
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA,
Alberto Carlos. A cabeça do eleitor.
RECORD Editora 2008
CATTANI,
Antônio David. A riqueza desmistificada. Cirkula & Marcavisual Editoras 3ª Edição 2018.
https://www.youtube.com/watch?v=Iabryg3vLkA Acesso em: 10 de dezembro de 2025.

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