As questões de gênero e discriminação
Maria Pedroso é licenciada em Geografia pela FAPA
A
desigualdade de gênero, a homofobia e a discriminação calcada em critérios de
orientação sexual estão entre as formas de violência e injustiças sociais que
ainda ocorrem em nosso país, em que pese a modernização de nossa sociedade.
Também são classificados como questões de gênero o preconceito contra os
homossexuais (homofobia) e transgêneros.
As
principais explicações para esse fenômeno é a permanência da sociedade
patriarcal e do androcentrismo.
Pesquisas
recentes apontam a desigualdade fundamental de poder entre homens e mulheres e
revelam que ainda existe uma concepção de família e sociedade bastante
androcêntrica. Porém o modelo familiar (marido, esposa e filhos) passou a ser
questionado e desnaturalizado no momento da aceitação do casamento gay.
A
construção dessa desigualdade é feita no interior de nossos próprios lares,
onde estudos mostram que se exige muito mais das meninas na divisão das tarefas
domésticas do que dos meninos. Há roupas, brinquedos, cores para meninos e
outros diferentes para meninas.
Ouvimos
muitas vezes, de muitos pais que não aceitariam um filho gay e realmente
sabemos que quando o jovem se reconhece como tal é expulso de casa.
Percebe-se,
também a divisão social e de gênero no trabalho, no modelo capitalista, que
reforça os papéis sociais na medida que oferece remuneração inferior paras as
mulheres e determina que elas exerçam funções subordinadas e realizem trabalhos
domésticos e sejam sexualmente submissas aos homens.
O
sistema de ensino tem um importante papel na sociedade, pois é um dos
principais espaços de socialização, discussão formação e disseminação de
valores sociais. No entanto, se, por um lado, a escola pode contribuir para a
formação de sujeitos críticos e reflexivos, ajudando a superar preconceitos e
opressões, por outro, ela também pode reforçar desigualdades, como a divisão
sexual do conhecimento, e para reforçar estereótipos e preconceitos dependendo
da visão de mundo dos educadores e do material utilizado.
Em
nosso país, assim como em outros países formou-se uma crítica feminista em
várias áreas do conhecimento, como Sociologia, Psicologia, História e
Filosofia.
O
movimento feminista impulsionou a luta pela igualdade de gênero. Constata-se a
partir dos anos 1990, uma tendência que é a “feminização” do mercado de
trabalho global. Isso significa que as mulheres puderam entrar em áreas antes
consideradas masculinas, como construção civil, mercado financeiro, meio de
transportes.
No entanto, apesar dos avanços as desigualdades de gênero ainda permanecem.
No entanto, apesar dos avanços as desigualdades de gênero ainda permanecem.
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