Não existe nada mais
velho, do que aquele que se reivindica novo para defender as ideias mais
antiquadas e cruéis que existem.
O governador Eduardo Leite
(PSDB) aprovou, com ampla maioria, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio
Grande do Sul o Projeto de Lei Complementar nº. 503/2019 – PLC 503. Esse
projeto não é um simples projeto, mas sim, uma reforma da previdência ainda
mais drástica do que a aprovada no Congresso Nacional.
Leite usou da sua base
parlamentar no Legislativo gaúcho para atacar diretamente a vida das
trabalhadoras e dos trabalhadores do Estado, sem nenhum diálogo com aquelas e
aqueles que fazem o serviço público acontecer.
Nisso, não há nada de
novo. Antônio Britto acabou com carreiras, privatizou setores estratégicos para
o Estado e desestimulou a economia gaúcha; Yeda Crusius, com sua famigerada
política de “déficit zero” arrochou a vida dos trabalhadores; Sartori passou
quatro anos parcelando salários, sem sequer fazer a reposição inflacionária
anual no salário dos que trabalham, e muito, para o desenvolvimento do Estado.
Eduardo Leite prometeu “tirar a bunda da cadeira” e fazer gestão, pois segundo
ele “dinheiro há, o que falta é gestão”.
O que há em comum entre
eles? A mesma cartilha neoliberal. E Paulo Guedes, o Ministro da Economia de
Bolsonaro, é o seu malvado favorito, pois personifica o discurso de ataque ao
serviço público e à política econômica de indução à economia.
Eles têm horror ao
público. Eles têm aversão a quaisquer tipos de políticas que possam usar do
Estado para regular e induzir o desenvolvimento socioeconômico. O
neoliberalismo deles é uma paixão exacerbada ao mercado. Sua ideologia é
conduzida pelo mais puro “mercadismo”. E eles não têm pudor algum em defender
isso e acusar os seus adversários de estimularem uma “guerra ideológica”.
Na noite do dia 18 de
dezembro de 2019, Eduardo Leite aprovou o confisco da aposentadoria dos
servidores públicos. Professoras, professores, policiais e demais servidores
aposentados terão um valor de 14% ou mais confiscados do seu salário. Aqueles
que se aposentaram com um salário mínimo terão que devolver mensalmente ao
cofres do Estado o percentual de 9%.
Eduardo Leite é cruel ao
imputar aos servidores públicos a culpa da desorganização do caixa do Estado do
Rio Grande do Sul. E é ainda mais cruel ao cobrar dessas trabalhadoras e
trabalhadores um esforço diferenciado do que cobra dos mais poderosos. Aos
ricos são oferecidas as mais diversas isenções fiscais, desonerações,
parcelamentos e perdão de dívidas, aos servidores públicos taxas, cobranças e
confiscos.
Tudo isso é parte de uma
mesma ideologia que vem tomando conta do país desde 2016. As mais diversas
reformas que atacam direitos já foram apresentadas e aprovadas, o resultado tem
sido o aumento do desemprego, a desvalorização do salário, a queda no poder de
compra e a retração da economia. Se essas são as políticas que eles têm a nos
oferecer, contra ela (a ideologia neoliberal) nós iremos nos opor!
Nossas bancadas de
deputados e deputada estaduais, bem como as bancadas de vereadores e vereadoras
nos nossos municípios, estão firmes na luta contra todos esses projetos que
atacam o serviço público. Estamos nas ruas e nos parlamentos, ao lado das
trabalhadoras e trabalhadores, em defesa do nosso povo, afinal, atacar o
servidor público é atacar indiretamente todas as pessoas que precisam do Estado
e de suas políticas públicas. No fim, quase todos sofrem, exceto os ricos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário