Daniel da Luz Machado - Bacharel em Administração de Empresas pela Faculdade São Judas Tadeu e Bacharelando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Percepções ideológicas, de como cada cidadão, gostaria de ver a
condução pública de sua sociedade, muitas vezes apresentarão
antíteses que os candidatos a cargos eletivos durante suas campanhas
utilizarão no intuito da captação de votos. Tudo bem! Isso é
parte do jogo na esfera da democracia representativa.
Candidatos a cargos públicos dos poderes legislativos e executivos
procurarão adentrar e militar em espaços partidários, cujo os
princípios dogmáticos contemplem sua visão de vida e pautados nesses princípios tentarão levar suas propostas e mensagens aos
eleitores que se identifiquem com suas propostas. Isso tudo deveria
acontecer no período pré eleitoral e após o encerramento dessa
etapa, aqueles que lograram êxito em seus intentos deveriam
organizar suas agendas não apenas para cumprirem o maior número de
itens da suas plataformas, mas para legislarem e governarem
igualmente aos demais que por outra opção não lhes conferiram o
voto.
O mandato de um cargo no legislativo ou executivo, deveria
oportunizar ao cidadão eleito uma visão contemplativa do todo. Após
a eleição, revanchismos e contemplação de apenas um grupo de
apoiadores deveria ser inadmissível. O bom candidato eleito deve
buscar o equilíbrio e coerência de suas atitudes e de forma
imediata descer do palanque.
O Presidente Bolsonaro é provavelmente um dos estadistas (Se é que
possamos qualificá-lo assim) que mais ignorou esse preceito no
Brasil Republicano. Não bastasse toda sua inépcia para exercer
qualquer cargo público e seu comportamento pessoal abjeto, o mesmo
não desce do palanque em momento algum.
Sua retórica inconsistente, agressiva e sem o mínimo de educação
que a liturgia do cargo exige, explicita que o seu governo não é
para a nação brasileira como um todo, mas apenas para seus
apoiadores que nem por uma fração de segundos ousem a discordar de
sua plataforma. Bolsonaro é mal educado, machista, racista,
intolerante, obscurantista , violento, prevalecido das prerrogativas
do seu cargo e só consegue governar para aqueles que se identificam
com seu baixo nível humanístico e sua profunda inconsistência
intelectual e por tudo isso cerca-se no seu ministério e demais
apoiadores de pessoas semelhantemente desqualificadas que estarão em
estado eterno de campanha política endossando sua estupida
trajetória.
Em tempos Bolsonaro não tem projeto de governo e por isso não
descerá do palanque e nem suavizará seu discurso. Bolsonaro precisa
do seu púlpito e de seus lunáticos fiéis lhe dando
sustentabilidade. Caso tente descer, irá se deparar com a
necessidade de governar e sobre isso ele não tem a menor ideia de
como agir. Bolsonaro é como o cão que avança nas rodas do carro em
movimento. Se o carro parar ele não sabe o que fazer com a roda,
talvez apenas mije nela, sacuda o rabo e volte para a beira estrada
esperando o próximo carro passar.
Perfeito!
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