terça-feira, 22 de novembro de 2016

Capitalizando lucros e socializando misérias. O hibridismo de um Governo irresponsável



Daniel da Luz Machado é Bacharel em Administração de Empresas pela Faculdade São Judas Tadeu e Bacharelando em Ciências Sociais pela UFRGS


Capitalizando lucros e socializando misérias. O hibridismo de um Governo irresponsável


Quem são os amigos de Sartori? Para quem ele governa? Por que ele pretende destruir o funcionalismo público gaúcho? Seria Sartori e seus aliados pertencentes a um grupo de alienígenas dispostos a mensurar a capacidade de resistência do ser humano diante de uma administração patética e nociva? Essas e outras perguntas você descobrirá no programa “Um tolo repórter” na programação da sua querida Rede Bobo de televisão.
Os ataques constantes e inconsequentes que a administração de José Ivo Sartori vem fazendo ao funcionalismo público gaúcho, são mais do que uma solução simplista e inadequada frente a um problema de fluxo de caixa. Ao tensionar a vida de milhares de trabalhadores com calotes vergonhosos, privatizações, extinções de empresas o homem do “Meu partido é o Rio Grande” atira contra o seus próprios pés.
Repassando uma noção básica de primeiro semestre de economia ou administração, o equilíbrio por mais necessário que seja não pode simplesmente suprimir totalmente a economia interna dentro de uma cidade, estado ou nação, é necessário que internamente relações comerciais se estabeleçam propiciando a fluidez de um caixa que não está ligado diretamente a exportações e por isso precisa movimentar o dinheiro que se traduz em mais arrecadação e condição de investimentos básicos.
Ao perseguir os mais desfavorecidos Sartori deixa de aquecer o mercado interno e do ponto de vista político deixa de atender os princípios de uma administração pública decente e lembrando ao ilustre Governador que a função do estado “primeira” não é a de gerar lucros, mas sim a de garantir condições básicas a população do estado que ele governa.
Sem segurança as pessoas não circulam, sem salários as pessoas não consomem, sem investimentos na saúde as pessoas morrem, sem investimentos na educação fomentamos mais a criação de analfabetos funcionais, ou , talvez ai esteja a sacada, fomentamos a criação de eleitores do Sartori e outros da mesma estirpe, enfim o caos gerado por alguém que deveria buscar soluções plausíveis ao invés das batidas decisões neoliberais de simplesmente encolher o estado e deixar que as pessoas se virem buscando através da estimulada “meritocracia” um lugar ao sol com protetor, guarda-sol e cervejinha gelada.
A agenda neoliberal brasileira prega como tábua de salvação as privatizações, mas desde que eles fiquem com o lucro, pois quando surgem os prejuízos os neoliberais brasileiros fazem questão de repartir o custo com os mais pobres, ou seja sempre capitalizando as benesses e socializando as durezas com o restante da população.
Sartori cumpre a risca essa agenda Neoliberal sonhada pelos Tucanos e capitaneada pelo golpista mor que ocupa a presidência do Brasil e o PMDB cumpre também a risca o seu papel de ave de rapina sempre dilapidando e deixando em maus lençóis não apenas os incautos que votam em sua legenda, mas também a outros brasileiros que assistem na primeira fila a derrocada da nação sem poder intervir.

  O slogan de Sartori deveria ser: “Meu partido é o golpe, a agenda neoliberal e o atendimento dos fetiches do planalto” bem mais coerente do que se dizer do Rio Grande.

Nenhum comentário:

Postar um comentário