Daniel da Luz Machado é Bacharel em Administração de Empresas pela Faculdade São Judas Tadeu e Bacharelando em Ciências Sociais pela UFRGS
Capitalizando
lucros e socializando misérias. O hibridismo de um Governo
irresponsável
Quem são os amigos de Sartori? Para quem ele governa? Por que ele
pretende destruir o funcionalismo público gaúcho? Seria Sartori e
seus aliados pertencentes a um grupo de alienígenas dispostos a
mensurar a capacidade de resistência do ser humano diante de uma
administração patética e nociva? Essas e outras perguntas você
descobrirá no programa “Um tolo repórter” na programação da
sua querida Rede Bobo de televisão.
Os ataques constantes e inconsequentes que a administração de José
Ivo Sartori vem fazendo ao funcionalismo público gaúcho, são mais
do que uma solução simplista e inadequada frente a um problema de
fluxo de caixa. Ao tensionar a vida de milhares de trabalhadores com
calotes vergonhosos, privatizações, extinções de empresas o homem
do “Meu partido é o Rio Grande” atira contra o seus próprios
pés.
Repassando uma noção básica de primeiro semestre de economia ou
administração, o equilíbrio por mais necessário que seja não
pode simplesmente suprimir totalmente a economia interna dentro de
uma cidade, estado ou nação, é necessário que internamente
relações comerciais se estabeleçam propiciando a fluidez de um
caixa que não está ligado diretamente a exportações e por isso
precisa movimentar o dinheiro que se traduz em mais arrecadação e
condição de investimentos básicos.
Ao perseguir os mais desfavorecidos Sartori deixa de aquecer o
mercado interno e do ponto de vista político deixa de atender os
princípios de uma administração pública decente e lembrando ao
ilustre Governador que a função do estado “primeira” não é a
de gerar lucros, mas sim a de garantir condições básicas a
população do estado que ele governa.
Sem segurança as pessoas não circulam, sem salários as pessoas
não consomem, sem investimentos na saúde as pessoas morrem, sem
investimentos na educação fomentamos mais a criação de
analfabetos funcionais, ou , talvez ai esteja a sacada, fomentamos a
criação de eleitores do Sartori e outros da mesma estirpe, enfim o
caos gerado por alguém que deveria buscar soluções plausíveis ao
invés das batidas decisões neoliberais de simplesmente encolher o
estado e deixar que as pessoas se virem buscando através da
estimulada “meritocracia” um lugar ao sol com protetor,
guarda-sol e cervejinha gelada.
A agenda neoliberal brasileira prega como tábua de salvação as
privatizações, mas desde que eles fiquem com o lucro, pois quando
surgem os prejuízos os neoliberais brasileiros fazem questão de
repartir o custo com os mais pobres, ou seja sempre capitalizando as
benesses e socializando as durezas com o restante da população.
Sartori cumpre a risca essa agenda Neoliberal sonhada pelos Tucanos
e capitaneada pelo golpista mor que ocupa a presidência do Brasil e
o PMDB cumpre também a risca o seu papel de ave de rapina sempre
dilapidando e deixando em maus lençóis não apenas os incautos que
votam em sua legenda, mas também a outros brasileiros que assistem
na primeira fila a derrocada da nação sem poder intervir.
O slogan de Sartori deveria ser: “Meu partido é o golpe, a agenda
neoliberal e o atendimento dos fetiches do planalto” bem mais
coerente do que se dizer do Rio Grande.
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