sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Reconstrução de caminhos não tão fáceis para estabelecer uma agenda positiva para população brasileira



Daniel da Luz Machado é Bacharel em Administração de Empresas pela Faculdade São Judas Tadeu e Bacharelando em Ciências Sociais pela UFRGS
Reconstrução de caminhos não tão fáceis para estabelecer uma agenda positiva para população brasileira

A derrocada da esquerda brasileira nas urnas, desde 2014, vem sendo evidenciada a “olhos nus” e bem destacada na “nada tendenciosa” grande mídia brasileira. Neste declínio eleitoral, uma série de agendas progressistas e propositivas de políticas sociais mais abrangentes deixa de avançar na esfera pública e por consequência deixam de contemplar uma numerosa quantidade de brasileiros que aos olhos dos poderosos, simplesmente saíram do campo de visão.
A eterna disputa política entre dois polos antagônicos (às vezes nem tanto) a julgar pela sua práxis, acentua um radicalismo e uma intolerância cada vez mais assustadores no cotidiano.
A esquerda que vem sofrendo derrotas acachapantes, mesmo que, diante de um governo federal pautado pela falta de ética e golpismo e de um governo estadual bizarro capitaneado por Sartori e seus seguidores volta-se agora para reflexões que já deveriam ter sido efetuadas anteriormente, tipo: Somente há verdade em nossas propostas? Estamos isentos aos erros estratégicos? Como devem ser encaradas as coligações e demais negociações partidárias? Como amplificar nossas vozes? e tantas outras indagações que o resultado nas urnas acabou impondo.
Durante essas reflexões, algumas pessoas vêm destacando certa postura arrogante da esquerda abstendo-se do diálogo, o que em parte, concordo e visualizo. Mas e aquelas pessoas que nos chegam dispostas a não ter diálogo? Que nos chegam com toda sorte de preconceitos enraizados e nenhuma perspectiva de aceitar algo fora do padrão heteronormativo, do seu grupo étnico, ou da sua classe social? Pessoas que gritam diante de nós clamando pela volta da ditadura militar? Pessoas que se enfurecem com programas sociais e se calam diante das mamatas inaceitáveis dos Políticos e dos Magistrados?
São dúvidas que a minha reflexão me traz e confesso me sentir um tanto quanto impotente em como dirimi-las, mas algo é certo, é imperioso que a esquerda reflita em conjunto, troque experiências e que paulatinamente em nosso cotidiano apare essas arestas e consiga se comunicar com parte desse grupo mais intransigente, pois o País contempla a todos e não apenas os que comungam de sonhos de um mundo mais plural e amplamente respeitado.
Saber ouvir é fundamental, para que possamos aos poucos também ser ouvido. Enfim não colocar em um balaio de gatos os pensamentos destoantes, sob o risco de continuarmos perdendo espaços fundamentais e por via de regra perdermos todos enquanto sociedade.
Afinal de contas onde está escrito que um adversário ideológico está proibido de ter ideias plausíveis? Ou nos reinventamos ou podemos ficar alijados das esferas que decidem, pois a “Direita” soube cooptar um público que nem era tão extremista e soube se articular para se solidificar eleitoralmente e definir as políticas de acordo com suas convicções.





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